Informática Educativa em Santarém

Um Breve Histórico da Informática Educativa em Santarém

A introdução da Informática no contexto das escolas públicas de Santarém iniciou em 1998, quando o Governo Federal e a prefeitura de Santarém, através do Programa Nacional de Informática (PROINFO), elegeram duas Escolas (Paulo Rodrigues dos Santos e Dep. Ubaldo Corrêa), para receber equipamentos (computador, Kit multimídia e antenas do GESAC para conexão à internet). Onze (11) professores foram capacitados para aturem na com Informática Educativa. No mesmo período, a prefeitura conseguiu, através de parcerias, viabilizar mais um laboratório para a Escola Rotary.

A partir de 2008, novos rumos foram traçados para a Informática Educativa em Santarém. Nesse ano, aconteceu a criação do Núcleo de Informática Educativa, na Secretaria Municipal de Educação, o que permitiu a introdução dos Softwares Livres nas escolas, os quais melhoraram as atividades pedagógicas. Antes desse período, os laboratórios usavam softwares proprietários, em sua maioria, piratas. Funcionavam de maneira precária, com equipamentos sucateados, instalações elétricas comprometidas, além da falta de profissionais capacitados que pudessem desenvolver trabalhos com o recurso da informática. Os professores lotados para os laboratórios se restringiam aos onze (11) capacitados pelo PROINFO.

No entanto, no início das capacitações percebia-se que a maioria dos facilitadores dos laboratórios de informática das escolas municipais de Santarém, tinha uma visão limitada da informática educativa. Por conta disso não desenvolviam trabalhos de amplo aspecto, englobando toda a escola.

O mundo precisa ser conquistado e o caminho da informática educativa não é apenas facilitar essa conquista, mas incrementá-la e ampliar as possibilidades, o que em verdade exige um novo perfil de educador. Segundo Tarja (2007) “o professor deve estar aberto para as mudanças, principalmente em relação a sua nova postura: de facilitador, coordenador do processo de ensino-aprendizagem; ele precisa aprender a aprender, a lidar com as rápidas mudanças, ser dinâmico e flexível. Acabou a esfera educacional de detenção do conhecimento, do professor “sabe tudo”.

Nos últimos anos, o conceito de inclusão ampliou-se e tornou-se não só discurso, mas prática na questão digital, transformando a inclusão digital em políticas públicas implementadas nas esferas: municipal, estadual e federal.

Nesse contexto, o movimento em favor da inclusão digital e social traz consigo o debate acerca da alfabetização digital, ou tecnológica, a ponto de Sérgio Amadeu da Silveira utilizar os dois elementos de forma a constituir um binômio, ao defender “as linhas gerais de uma política de Inclusão Digital – Alfabetização Tecnológica” (SILVEIRA, 2001, p. 28), que devem superar “o mero ensino da informática”, em que o professor será cada vez mais um “orientador”.

Em Santarém, estão acontecendo desde março de 2008, cursos e oficinas que  envolve conhecimento, produção, edição de vídeo, áudio (rádio), reciclagem, gráficos, comunicação web (blog), acompanhamento pedagógico, entre outros,visando à capacitação dos professores. Para melhoramento da qualidade do ensino municipal, os professores são convidados a compartilhar experiências com os colegas e a realizar oficinas nas escolas em que atuam. Duas vezes por bimestre, os profissionais da educação que estão trabalhando nos laboratórios de informática nas escolas municipais se reúnem, trocam experiências, planejam e estudam o melhoramento de suas atividades.

A adesão pelo governo municipal aos Softwares  Livres, como já foi citada, foi muito importante, pois sua utilização está vinculada à filosofia de produção coletiva de conhecimento, valorização humana e cidadã. Para a especialista em Informática Educativa Sinara Duarte (2009), as ferramentas computacionais, especialmente o software livre, podem ser recursos ricos em possibilidades que contribuem com a melhoria do nível de aprendizagem, desde que haja uma reformulação no currículo, criem-se novos modelos metodológicos, que se repense qual o significado real da aprendizagem.

Atualmente, o município de Santarém tem 86 escolas municipais com laboratórios de informática ativos (sendo 40 na zona urbana, 28 na região de planalto e 08 nas regiões de rios/várzea), equipadas pelo programa PROINFO, onde atuam 103 professores facilitadores. Esses laboratórios de informática são utilizados por professores e alunos da Educação Básica (Ensino Fundamental I e II, Educação de Jovens e Adultos (EJA), PROJOVEM, e projetos como Mais Educação). Além disso, no ano de 2015, foi implantado o Núcleo de Tecnologia do Município (NTM), que contribuirá bastante com a informática educativa, através de cursos, manutenção técnica e busca de recursos tecnológicos.

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Equipe NTM